segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pra quê?


Pra que olhar pra traz? Pra me machucar? Lembrar das coisas ruins que me fizeram te esquecer?

Pra que colocar o dedo na ferida de novo?


Não, o sangue não vai parar de cair. Deixa ele cair, deixa ele cair por vontade própria.

Pra que morder a isca de novo, e se machucar de novo?

Você tem escolha, e eu também, então, pra que escolher chorar? Pra que escolher sofrer? Se lamentar?

Não, obrigado. Eu estou bem. Falo por mim, claro.

Olhei. Olhei pra traz e vi você, você estava de branco e branco feito cera. Gelado... muito gelado, e parado. E é essa imagem que eu levo de você!

Seu velório já aconteceu e eu não vou esperar pra ver o meu. Não quero aguardar ao teu lado.
Pra que olhar pra traz?

Pra acelerar os dias da minha morte?

Não, Obrigado. Estou bem assim.

Claro, falo por mim.

Pra que dizer o Famoso “Sim” e depois se atirar nos braços da traição?

Eu riu dessa palhaçada toda, e assim, nesse bom humor, vejo teu espirito me pedindo mais.


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